quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Texto: As três peneiras Gregas

Conta-se que, certa vez, um amigo procurou Sócrates, o célebre filósofo grego, para contar-lhe algo sobre a vida de outro amigo comum.
- Quero contar-te algo sobre nosso amigo Andreas, que vai deixá-lo boquiaberto.
- Espera, interrompeu o filósofo, passaste o que vai dizer pelas três peneiras?
- Três peneiras? Espantou-se o interlocutor.
- Primeira peneira: a coisa que me contarás é verdade?
- Eu assim creio, pois me foi contada por alguém de confiança, diz o amigo.
- Bem! Alguém te disse… Vejamos a segunda peneira: a coisa que pretendes contar-me é boa?
O outro hesitou, resfolegou e respondeu:
- Não exatamente…
Sócrates continuou sua inquirição:
- Isso começa a me esclarecer. Verifiquemos a terceira peneira, que é a prova final: o que tinhas intenção de contar-me é de utilidade tanto para mim como para o nosso amigo Andreas e para ti mesmo?
- Não, não e não!…
- Então, caro amigo, disse sócrates, a coisa que pretendias contar-me não é certamente verdadeira, nem boa, nem útil. Assim sendo, não tenho intenção de conhecê-la e aconselho-te a não mais procurar veiculá-la.
A cada dia nós somos alvos de pessoas com grande desejo de contar-nos coisas a respeito dos outros. Devemos procurar fazer o teste das três peneiras gregas: É verdade? É bom? É útil?
Caso negativo, devemos simplesmente evitar que sejamos parte integrante nas bisbilhotices e nos mexericos de pessoas ávidas de “novidades” sobre a vida alheia.


Fofoca é uma coisa inútil, bizarra, de má fé e quem a propaga perde o tempo de elevar os próprios conhecimentos a fim de ter o que dizer sobre coisas realmente significantes.

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